Eu sou o tempo e venho de longada
entre pompas de luz espaço fora…..
Trago nas mãos o rosicler da aurora
E sou a infinita derrocada.
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Tem sido extensa a minha caminhada!?
Nasci antes da vida !?…Nasço agora !?..
Eu sou o curto espaço de uma hora
Na distância infindável da jornada -!
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Vim não sei como e vou não sei p’ra onde,
Buscando qualquer coisa que se esconde
No horizonte da minha trajectória.
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Sou o Judeu Errante do Infinito !
Ando a escrever num livro de granito
As mil legendas que farão a História.
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Poema “ Soneto” – Ano 1942 – Poeta louletano
Fernando Laginha in “Livro de Poemas de F.L.”
Foto: Quadro de Vladimir Kush
Que maravilhosa pintura que ilustra tão belo poema. Poeta louletano desconhecido ??? Vou estar atenta.
Embora não tenha conhecido o poeta F Laginha posso dizer que a sua poesia denota que foi ou podia ter sido uma grande figura algarvia nesse campo. Jota
Foi um dos grandes amigos do Poeta António Aleixo, conviveu bastante com ele e ajudou-o nos momentos difíceis da sua vida tortuosa.
É verdade Luís Guerreiro. Adquiri este livro o ano passado e fiquei agradavelmente surpreendido com a qualidade da sua poesia. Este homem também ajudou a tornar conhecida a obra de Aleixo. Ourives na Rua das Lojas durante muitos anos era pessoa muito conhecida em Loulé e esta faceta da poesia levou-o a ganhar alguns prémios em Jogos Florais. De quando em quando vou colocando aqui um poema deste homem que foi verdadeiro amigo de Aleixo já que o ajudou nos tais momentos difíceis. Palma
Já agora convem referir que Fernando Laginha era sogro do actual Presidente da Câmara de Loulé, Dr Seruca Emidio.
Exactamente.\\ Era miúdo e gostava muito de entrar na ourivesaria… aliás como noutras da Rua das Lojas. Mas só muito mais tarde soube da veia poética do Fernando Laginha.
Não conhecia o poeta louletano mas gostei sinceramente da sua poesia.
Gosto muito do poema e da pintura. Muito bem.